Estrutura Profunda e Estrutura de Superfície – Parte 1

Quando um homem fala, sua palavra ou discurso é a divulgação de alguma energia ou movimento de sua alma. Os poderes da alma são de dois tipos gerais: a percepção (compreendendo os sentidos e o intelecto) e a volição (vontade, paixões, apetite). Segue-se que há dois tipos de atos lingüísticos: afirmar, isto é, manifestar alguma percepção ou dos sentidos ou do intelecto, ou manifestar volições, isto é, interrogar, comandar ou desejar. O primeiro tipo de frases serve para nos declararmos aos outros; o segundo, para levar os outros a nos satisfazer ou ter alguma percepção informada.

A linguagem tem um aspecto interno e um aspecto externo. Uma frase pode ser estudada do ponto de vista da maneira como exprime um pensamento ou do ponto de vista de sua forma física, isto é, do ponto de vista da interpretação semântica ou da interpretação fonética. Continuar lendo

Alomorfia e Superfluidade

No meu primeiro ano do ensino médio, pedi explicações ao meu professor acerca da formação da palavra cafezal e, lamentavelmente, fui ensinado que é constituída do radical café + o sufixo –al, entre os quais aparece uma consoante de ligação –z.

Ora, não há consoante de ligação em português: -zinho,-zal e outras formas congêneres são meros alomorfes das formas –inho e –al. Continuar lendo

Advérbios

Neste primeiro artigo, gostaria de elucidar um assunto bem conhecido de todo aluno que alguma vez estudou Língua Portuguesa, mas, lamentavelmente, é ensinado de forma errônea por parte da grande maioria dos docentes. Digo isso porque, durante meu ensino médio, também tive professores que me ensinavam errado e, pior ainda, não aceitavam minhas retificações. Infelizmente, trata-se de orgulho, que ofusca a capacidade de aprender dos alunos.

Os advérbios, uma das dez classes de palavras, pertencem, normalmente, ao sistema aberto, mas podem pertencer ao sistema fechado também (posteriormente, farei um artigo sobre os sistemas abertos e fechados). Continuar lendo